Higiene é uma palavra grega derivada de hygeinos, que significa “o que é são”, “o que é sadio”. Antigamente, higiene era um adjetivo usado para expressar a qualidade do estado de saúde de uma pessoa. As pessoas deviam ter uma “saúde higiênica”.
Depois, a palavra virou um substantivo, um conjunto de hábitos que se deve ter para conseguir os tão almejados estado de bem-estar e saúde.
A palavra higiene pode ser também entendida como a limpeza corporal, o asseio. Além disso, pode denominar uma parte da medicina que busca preservar a saúde, estabelecendo normas e recomendações para prevenir as doenças.
Algumas práticas religiosas muito antigas têm relação com a higiene e com a saúde. A circuncisão, por exemplo, teria surgido na África há mais de cinco mil anos.
Para os antigos filósofos judeus, a circuncisão garantiria uma maior higiene ao órgão genital masculino, evitando uma série de doenças.
Hoje em dia, povos que não praticam a circuncisão não são julgados menos higiênicos por isso. Assim, o conceito de higiene vem mudando ao longo da história da humanidade.
Hoje em dia, povos que não praticam a circuncisão não são julgados menos higiênicos por isso. Assim, o conceito de higiene vem mudando ao longo da história da humanidade.
Na Idade Média, um jarro servia para lavar as mãos à mesa. Ainda não existiam os talheres, mas, mesmo assim, as pessoas civilizadas tinham que higienizar as mãos.
Os médicos da Idade Média diziam que era suficiente, para a limpeza corporal, a lavagem das mãos e do corpo. A preocupação das pessoas era manter asseado o que fosse visível.
A atenção e a hospitalidade de quem recebia uma pessoa em sua casa era demonstrada quando o dono da casa oferecia água para as mãos do visitante.
Os médicos da Idade Média diziam que era suficiente, para a limpeza corporal, a lavagem das mãos e do corpo. A preocupação das pessoas era manter asseado o que fosse visível.
A atenção e a hospitalidade de quem recebia uma pessoa em sua casa era demonstrada quando o dono da casa oferecia água para as mãos do visitante.
Nos séculos XVI e XVII, considerava-se que a água era capaz de penetrar no corpo das pessoas e causar doenças.
A água quente, ainda por cima, era apontada como capaz de enfraquecer o organismo, abrindo os poros para a entrada de ar doentio e impedindo o crescimento das crianças.
A água quente, ainda por cima, era apontada como capaz de enfraquecer o organismo, abrindo os poros para a entrada de ar doentio e impedindo o crescimento das crianças.
No século XVII, até mesmo os critérios de limpeza eram definidos pelos livros sobre boas maneiras. Não era um caso de higiene pessoal, como entendemos hoje.
De acordo com as posses das pessoas, as bacias e os jarros de lavar as mãos eram feitos de determinado material. Tanto poderiam ser feitos de simples barro cozido, como de porcelana, prata, estanho e até de ouro.
De acordo com as posses das pessoas, as bacias e os jarros de lavar as mãos eram feitos de determinado material. Tanto poderiam ser feitos de simples barro cozido, como de porcelana, prata, estanho e até de ouro.
A palavra higiene, na sociedade ocidental, só teve um destaque maior na vida das pessoas no início do século XIX. Nessa época, os médicos passaram a escrever textos de higiene que incentivavam o uso do sabão.
Mas, é bom que se diga, no Oriente, principalmente entre os muçulmanos, lavar o rosto, as mãos e os pés era, nessa época, um ritual religioso obrigatório, há muitos e muitos anos.
Então, é bom deixar bem claro que eram os europeus que tinham medo da água até o século XIX. Na verdade, os europeus da época consideravam, quase que exclusivamente, o corpo como a origem do pecado.
Mas, é bom que se diga, no Oriente, principalmente entre os muçulmanos, lavar o rosto, as mãos e os pés era, nessa época, um ritual religioso obrigatório, há muitos e muitos anos.
Então, é bom deixar bem claro que eram os europeus que tinham medo da água até o século XIX. Na verdade, os europeus da época consideravam, quase que exclusivamente, o corpo como a origem do pecado.
Como a Europa, em geral, até o século XIX, tinha esses seus costumes, eles chegaram ao Brasil com os portugueses. Mas, aqui, a história foi diferente.
Nossos colonizadores foram, aos poucos, adotando o banho, influenciados pelos índios.
Ao contrário dos portugueses da época, sujos e malcheirosos, os índios eram fortes, saudáveis e asseados. O banho, até mesmo, está presente em muitos rituais religiosos dos índios brasileiros.
Nossos colonizadores foram, aos poucos, adotando o banho, influenciados pelos índios.
Ao contrário dos portugueses da época, sujos e malcheirosos, os índios eram fortes, saudáveis e asseados. O banho, até mesmo, está presente em muitos rituais religiosos dos índios brasileiros.
Em muitas cidades brasileiras, no século XIX, já havia o banho quente. Nas casas, o pessoal utilizava a bacia com água quente para o banho, lavando o rosto e a cabeça, primeiro.
Sentados, em seguida, lavavam o tronco. Em pé, novamente, lavavam pernas e pés.
E, assim, completavam um ritual que já era uma preocupação com a higiene pessoal muito superior à de seus antepassados.
Sentados, em seguida, lavavam o tronco. Em pé, novamente, lavavam pernas e pés.
E, assim, completavam um ritual que já era uma preocupação com a higiene pessoal muito superior à de seus antepassados.
No início do século XX, a existência de banheiro dentro de casa era um luxo reservado para os ricos. Somente a partir de 1920 houve uma melhoria, com a utilização de encanamentos para os esgotos.
A partir de então, as pessoas preocupadas com a higiene passaram a incluir os banheiros de madeira nos lares. Depois vieram os banheiros construídos com ladrilhos de cerâmica e o ferro fundido esmaltado.
Na década de 1930 surgiram os conjuntos coloridos de pia, privada e bidê. Na década de 1950 passou-se a utilizar o plástico.
A partir de então, as pessoas preocupadas com a higiene passaram a incluir os banheiros de madeira nos lares. Depois vieram os banheiros construídos com ladrilhos de cerâmica e o ferro fundido esmaltado.
Na década de 1930 surgiram os conjuntos coloridos de pia, privada e bidê. Na década de 1950 passou-se a utilizar o plástico.
Fonte:
1. Ferreira, Ivan Dutra. Meio ambiente, sociedade e educação / Ivan Dutra Ferreira – Brasília : Centro de Educação a Distância – CEAD, Universidade de Brasília, 2006.
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