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04 Perguntas sobre a Homeopatia

O que você deve saber basicamente sobre Homeopatia


1. O que é Homeopatia?

A Homeopatia é uma das terapias alternativas complementares (TACs) mais utilizadas no Brasil. Essa terapia com abordagem holística funciona da seguinte forma, se uma pessoa está gripada, ela pode tomar uma substância altamente diluída que produza os mesmos sintomas da gripe que possui, a partir disso, o corpo da mesma ficaria curado naturalmente (seria parecido com a ideia da imunidade que a vacina produz). Com isso, podemos entender o significado da palavra Homeopatia, que é “semelhante cura semelhante”.

Essa terapia foi criada em 1796 pelo médico alemão Christian Friedrich Samuel Hahnemann. No Brasil, chegou em 1840 através de Bernoit Jules que era discípulo de Christian. Já em 1843 foi fundado o Instituto Homeopático do Brasil, o qual tinha como objetivo difundir a terapia, principalmente entre os pobres, haja em vista muitos médicos não acreditavam na homeopatia. Fazia parte da Instituição alguns médicos, cirurgiões e pessoas interessadas.

Em 2003 foi criada no Brasil a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) que tem como meta conhecer, apoiar, incorporar e implementar terapias como homeopatia, acupuntura, Fitoterapia e outras técnicas da medicina tradicional chinesa.

2. Qual a diferença entre Alopatia e Homeopatia?

Alopatia é aquela medicina focada somente na doença, no órgão afetado, ou seja, não é focado o estado emocional do paciente. A alopatia foi criada na Grécia Antiga por Galeno, o mesmo afirmava que a doença desencadeava uma energia negativa por todo corpo, por isso, a doença deveria ser controlada o mais rápido possível. Logo, percebemos a diferença entre a Alopatia e a Homeopatia.

3. Quais os Prós e Contras da Homeopatia?

Prós: Alguns dos principais benefícios da Homeopatia são diminuição dos sintomas, aprofundamento da relação entre profissional e paciente, atua preventivamente, possui menor custo-benefício e menos efeitos colaterais. É importante lembrar que essa terapia tem melhores resultados em processos alérgicos e doenças psicossomáticas como depressão. Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera um tratamento eficiente e seguro para doenças crônicas.

Contras: É uma terapia ainda marginalizada e possui poucas provas científicas.

Abaixo segue um vídeo que faz um aparato geral de Homeopatia:



4. Qual o papel do profissional de Enfermagem na Homeopatia?

Em 1997, o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) reconheceu através da resolução 197 homeopatia. Além disso, como o profissional de enfermagem tem contato direto com paciente, logo, cabe a ele esclarecer de forma científica (mesmo que não se tenham muitas provas científicas) e sistemática para as pessoas sobre tal terapia. Em outras palavras, é responsabilidade do enfermeiro desmistificar conceitos marginalizados sobre a homeopatia.

Vale ressaltar que a OMS tem por meta implementar as terapias alternativas como coadjuvantes no tratamento público. Esse processo seria facilitado se houvesse a presença de mais médicos homeopatas, baixo custo de medicamentos homeopáticos, adesão dos gestores políticos e a criação de um agente porta-voz da medicina alternativa.

Contudo, grande parte dos profissionais em enfermagem possuem informações superficiais sobre Homeopatia e muitos desconhecem a prática no SUS. Consequentemente, espera-se, em um futuro não muito distante, a diminuição de profissionais atuando nessa área. Entretanto, para melhorar esse quadro, é necessário que se tomem medidas como estimular estudantes a pesquisar sobre o assunto através de situações-problema; implantar a prática na saúde pública e, consequentemente, em outros lugares.

Desse modo, conceitos do SUS como os de universalidade, de integralidade e de equidade serão reforçados. Além disso, a saúde obterá uma forma generalista e a integralidade da assistência será contemplada.
Fonte: BIANCHI, Mariana; MENEGÓCIO, Alexandro Marcos; BRUZADELLI, Raquel; ABE, Keila Satie. Atuação do enfermeiro na terapia alternativa: Homeopatia. Ensaios Cienc., Cienc. Biol. Agrar. Saúde, v. 19, n. 1, p. 42-46, 2015.

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