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O que você deve saber sobre Parada e Reanimação Cardiopulmonar?


Em caso de primeiros socorros, a ressuscitação cardiopulmonar (RCP) deve ser aplicada rapidamente de maneira correta. É preciso aplicar esse método corretamente para que ele seja bem sucedido.

     
Você sabe o que é uma parada cardiopulmonar? O que você faria ao perceber que uma pessoa desmaiou ao seu lado devido ao problema antes mencionado? Essas são algumas das dúvidas que existem sobre a parada cardiopulmonar. Contudo, um conhecimento básico sobre o assunto pode ajudar a salvar vida a de muitas pessoas, entretanto, grande parte da população ainda não tem informações necessárias.

Por exemplo, nos Estados Unidos, de todas as pessoas que sofrem uma parada cardiopulmonar, menos de 20% delas são inicialmente atendidas no local por um leigo que saiba realizar a manobra de reanimação. Com isso, vemos a importância de possuir conhecimentos sobre o assunto. Logo, segue um texto com informações básicas a respeito da parada cardiopulmonar, mas suficientes para poder ajudar.


O que é Parada Cardiopulmonar ou Cardiorrespiratória?

É o momento em que os sistemas circulatório e respiratório param de funcionar em uma pessoa. Esse é um problema que sempre foi um desafio para a equipe médica, visto que é uma emergência extrema. 

Em média, o cérebro de uma pessoa suporta apenas 05 minutos sem a presença de oxigênio. Contudo, em condições de temperatura baixa (cerca de 12ºC) esse tempo pode chegar a 50 minutos, além disso, pessoas mais jovens possuem maior capacidade de suportar a falta de oxigênio no cérebro.


Quais as consequências da Parada Cardiopulmonar?

Seus resultados são extremos, pois variam desde uma lesão cerebral até a morte, se as medidas adequadas não forem tomadas.


Como saber se uma pessoa sofreu uma Parada Cardiopulmonar?

Sabemos que uma pessoa sofreu Parada Cardiopulmonar quando a mesma não apresenta pulso nem respiração, caso contrário, ela somente desmaiou.


Porque realizar a manobra de Reanimação Cardiopulmonar?

Essa manobra é capaz de produzir um pequeno estímulo de cerca de 04 joules, o que faz com que a atividade cardíaca seja retomada. Até antes de 1950, nada se fazia quando uma pessoa sofria uma parada cardiopulmonar. 

Apenas depois desse período se percebeu que a reanimação, após a parada, era possível. Em 1960, a técnica de reanimação foi proposta por Kowenhoven e Jude, e, a partir disso, a técnica foi sendo aperfeiçoada.


Como deve ser realizada a manobra?

a. A vítima deve ser colocada deitada e de barriga para cima.
b. Ter a perna Levantada cerca de 10 cm a para aumentar o retorno venoso.
c. Em seguida, devem ser realizadas, com a palma da mão dominante e abraçada pela outra mão, compressões fortes e firmes na região central do peito (entre os mamilos). Os braços do socorrista devem ficar esticados para que o procedimento seja feito corretamente.
d. Com os braços esticados, o socorrista, aproveitando o peso do corpo, aplica uma pressão e intensidade suficiente para suprimir o esterno da vítima cerca de 04-05 cm. É importante lembrar que devem ser realizadas duas compressões por segundo.




Vídeo detalhando realização da manobra

Se o local possuir um equipamento de ventilação chamado ambúr, deverão ser realizadas 02 ventilações a cada 30 compressões em um adulto. Já em uma criança serão feitas 02 ventilações a cada 15 compressões. Em bebês, as compressões torácicas são realizadas com os polegares e o número de compressões é 120 por minuto. Se não houver ambúr no local, as compressões deverão ser feitas até a chegada de socorro. 


Quais as consequências de fazer errado a manobra?

Entre as complicações observadas com realização errada da manobra, encontramos a fratura dos arcos costais e do esterno, a disjunção costocondral, o hemotórax e o pneumotórax, as contusões pulmonares, as lacerações de vísceras abdominais (como baço e fígado) e a embolia gordurosa. Lembrando que isso ocorre somente quando a manobra não é realizada na linha central do peito (entre os mamilos) ou quando é feita com muita intensidade.


Fonte: ERAZO, Guillermo A. Cuellar; Túlio, Marco Pires. Manual de urgência e emergência em pronto socorro.

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